quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Petróleo como fonte de energia

Petróleo significa óleo em pedra, e foi formado a milhões e milhões de anos pela decomposição de matéria orgânica marinha, ou seja, quando pequenas plantas e animais marinhos morrem ficam depositados no fundo do oceano, diversas camadas de matéria vão soterrando e formando as chamadas rochas sedimentares. Em pressões e temperaturas adequadas, os microorganismos vão transformando essa sopa orgânica em petróleo da forma que nós concebemos. Assim que o petróleo é descoberto existe um estudo de viabilidade econômica da sua extração de forma que se for economicamente viável a extração esse petróleo vai ser retirado e mandado para uma refinaria, chegando à refinaria o petróleo será separado em diversas frações por destilação fracionaria.

O petróleo bruto possui em sua composição uma cadeia de hidrocarbonetos, cujas frações leves formam os gases e as frações pesadas os óleos crus. A distribuição destes percentuais de hidrocarbonetos é que define os diversos tipos de petróleo existentes no mundo, sendo um produto de grande importância mundial, principalmente em nossa atualidade, é difícil determinar alguma coisa que não dependa direta ou indiretamente dele. Os solventes, óleos combustíveis, gasolina, óleo diesel, querosene, gasolina de aviação, lubrificantes, asfalto, plástico entre outros são os principais produtos obtidos a partir do petróleo.

O petróleo ocorre em muitas partes do mundo: extensos depósitos têm sido encontrados no golfo Pérsico, nos Estados Unidos, no Canadá, na Rússia (nos Urais e na Sibéria ocidental), na Líbia, no Delta do Rio Níger, na Venezuela, no Golfo do México e no mar do Norte. Existem reservatórios de petróleo em diversas profundidades e os mais rasos (- 10 m que podem ser explorados por mineração) são os mais pastosos e com predominância na composição com hidrocarbonetos de cadeias carbônicas pesadas (graxas), e os mais leves em grandes profundidades (na faixa de - 2.500 m a - 5.000 m).

O petróleo é a principal fonte de energia do mundo. Junto com o gás natural, que é um subproduto da indústria do petróleo, ele alimenta mais de 60% das necessidades energéticas das economias industriais. Apesar do enorme esforço científico e tecnológico desenvolvido nos últimos 30 anos para encontrar fontes alternativas, ainda não foi encontrada fonte de energia, com custos comparáveis ao petróleo, que possa substituí-lo. Nesses últimos trinta anos, a possibilidade do esgotamento dos recursos petrolíferos foi percebida como um ameaça real em curto prazo. O consumo de petróleo crescia em ritmo acelerado enquanto a descoberta de novas reservas movia-se lentamente.

O preço elevado da principal fonte de energia do mundo industrial provocou severa recessão econômica, reduzindo seu consumo. Além disso, induziu a exploração de novas bacias sedimentares em busca de novas fontes de suprimento desse combustível fóssil, assim como a busca de tecnologias mais eficientes para o uso da energia e a substituição do petróleo por fontes alternativas.Uma análise, limitada estritamente ao aspecto da disponibilidade de recursos, indica que as reservas conhecidas e a expectativa de novas descobertas permitem manter o consumo atual por pelo menos outros 50 anos. O problema percebido como mais grave, no curto prazo, é a crise política no Golfo Pérsico onde se concentram as reservas conhecidas de petróleo (mais de 60% das reservas encontram-se nessa região). No longo prazo, o problema maior é a perspectiva de forte elevação do consumo de combustíveis nos países em desenvolvimento pela pressão que esse movimento virá a exercer sobre as reservas mundiais e o meio ambiente.

A boa noticia é que o Brasil possui grandes recursos petrolíferos que nos permitem amenizar de forma significativa os efeitos das fortes oscilações das condições de suprimento de petróleo no mercado mundial. Porém, os mecanismos institucionais necessários para alcançar esse objetivo não foram ainda estabelecidos. A forte elevação do preço do petróleo no ano de 2008, associada à forte desvalorização cambial dos últimos meses tem provocado forte pressão no preço dos derivados de petróleo com óbvios impactos inflacionários. O governo eleito terá que pensar com brevidade sobre esse tema. Um mecanismo tributário flexível que permita acomodar fortes flutuações no preço do petróleo no mercado internacional parece ser o caminho sensato a seguir.

Contudo, vê-se que o petróleo é um bem indispensável à vida humana. E para que esse bem sobreviva será preciso aumentar a participação das fontes renováveis na produção de energia e, provavelmente, a da energia atômica, buscando uma solução para o destino do lixo atômico gerado pelas usinas nucleares.

Referências:OLIVEIRA, Adilson de Oliveira, Petróleo: por que os preços sobem (e descem)?

Disponível em:
http://www.conciencia.br/reportagens/petroleo

Acesso em: 23 de maio de
2008.
NOBREGA, Olimpio Salgado-Química, volume único / Olimpio Salgado Nóbrega, Eduardo Roberto da Silva, Ruth Hashimoto da Silva; 1° ed. São Paulo; editora Ática, 2005.